domingo, março 18, 2012

O lado Bom das coisas Ruins

Por Natini Scherer
A Mulher mais rica do Reino unido ganhou sua fortuna escrevendo um livro juvenil durante uma crise de depressão. O maior filosofo do século 20 não passou no Vestibulinho do colegial e sofreu bullying na escola por escrever errado, ter péssima memória e não fazer amizades- não se interessava em conviver com pessoas. Humanos também não eram os seres prediletos do mais conhecido interprete de J.S. Bach, que não tocava para plateias nem deixava que pessoas encostassem nele. E o inventor da lâmpada era tão voado que foi expulso da escola aos 8 anos e precisou estudar em casa.
J. K. Rowling, Ludwig Wittgenstein, Glenn Gould e Thomas Edison. Essas pessoas atingiram o sucesso não apesar de suas falhas, mas por causa delas. Certos padrões de personalidade de ânimo considerados até mesmo transtornos mentais foram selecionados ao longo da evolução. Talvez essas adaptações não sejam tão vantajosas hoje quanto na época em que vivíamos fugindo de predadores, lutando com rivais e caçando presas. Mas tais peculiaridades preenchem os buracos criados pela normalidade da maioria das pessoas.
Desatentos conseguem captar ao mesmo tempo vários estímulos do ambiente e com isso, fazer associações inesperadas e criativas. Outras pessoas não conseguem se interessar pelo há a sua volta, mas exatamente por isso concentram-se dias a fio num só raciocínio e chegam a conclusões geniais. A ansiedade nos protege de pagar para ver uma ameaça, e a tristeza e o pessimismo nos fazem desistir de ilusões.
Portanto, se você tem amigos esquisitos sinta-se sortudo. Você se acha meio diferente? Saiba que isso pode ser bom.
Texto da revista Super Interessante edição 302 - Março/2012 PS: Eu digitei esse texto, então qualquer erro é culpa minha, não da revista.

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